Apresentando grande relevância para a economia do Brasil, o setor de florestas plantadas vem crescendo com o passar dos anos, ampliando sua competitividade no mercado, juntamente com a inovação e práticas ecologicamente benéficas, tendo em vista os seus princípios sustentáveis.
Ocupando quase 9,9 milhões de hectares, representando nada mais que 1,16% do território nacional, o setor é responsável por produzir aproximadamente 90% da madeira que é extraída para o uso industrial (IBGE 2017), poupando a exploração de florestas nativas. Das culturas que se destacam na quantidade de produção estão o Eucalipto, com 7,4 milhões de hectares plantados e o Pinus, com 2 milhões de hectares.
Graças à sua localização geográfica privilegiada e aos investimentos em estudos voltados à produtividade, seleção e melhoramento de espécies florestais, o Brasil conseguiu tornar-se líder mundial do ranking de produtividade de madeira. Apresentando os maiores valores de volume de madeira produzida por unidade de área ao ano, sendo de em média 35,7m3/ha/ano para as plantações de eucalipto e 30,5m3/ha/ano para as plantações de pinus.
Na indústria, a madeira se destina à produção de celulose e papel, com 34,6% de participação, gerando 5,1 bilhões de reais; à construção de navios, móveis, construção civil, produção de pallets, painéis e chapas, pisos laminados, postes, mourões, dentre outras aplicações, com participação de 30,2% gerando 4,5 bilhões de reais; à produção de carvão vegetal, com 17,4%, gerando 2,6 bilhões; produção de lenha, com 15,4%, gerando 2,3 bilhões e outras atividades que totalizam os 2,4% restantes e geraram 400 mil reais no ano de 2017, segundo dados do IBGE.
A seguinte imagem consegue mostrar de maneira simplificada a participação do setor na cadeia produtiva florestal:
Além do promissor cenário econômico para o setor, ele é responsável pela realização de diversos serviços ambientais, como a redução de pressão sobre florestas naturais, mitigando efeitos de borda, responsáveis pela degradação de áreas de preservação, devido a vasta extensão de florestas plantadas que as circundam, tornando-se também corredores ecológicos para a locomoção de fauna, que fornece abrigo para polinizadores, dispersores de sementes e inimigos naturais de pragas, conservando a biodiversidade local. Também acaba exercendo influência no controle da erosão do solo, na regulação dos fluxos hidrológicos devido ao desenvolvimento dos sistemas radiculares profundos, que ajudam na ciclagem de nutrientes.
Por fim, o setor de florestas plantadas é o que mais protege áreas naturais, tendo destinados 6 milhões de hectares para a conservação de florestas nativas.
Josemaria Tiene Barbosa
Graduando em Engenharia Florestal – ESALQ-USP
Licenciando em Ciências Agrárias – ESALQ-USP
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LAFER PIVA, HORACIO. RELATÓRIO 2017. Iba.org. Disponível em: <https://iba.org/images/shared/Biblioteca/IBA_RelatorioAnual2017.pdf>. Acesso em: 11 mar. 2019.
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RENAUX, PEDRO, ALVES, VALBERTORUBINSTEIN, LÍCIA. Indústria de papel e celulose impulsiona produção madeireira. IBGE – Agência de Notícias. Disponível em: <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/16983-industria-de-papel-e-celulose-impulsiona-producao-madeireira>. Acesso em: 11 mar. 2019.
Grupo de Extensão de São Pedro 